A falta de Unidades de Terapias Intensivas (UTI’s) foi tema do programa Profissão Repórter – Rede Globo. O Pronto Socorro de Cuiabá foi um dos Hospitais visitados pela equipe de Caco Barcellos, já que UTI pediátrica foi fechada. A reportagem encontrou crianças em estado gravíssimo que precisavam do internamento assistido, mas, estavam na enfermaria.
Preocupada com a situação crítica das duas crianças de 1 e 2 anos, a jornalista Eliane Scardovelli, pode acompanhar da “ala amarela” a aflição das famílias que dependem da UTI. Incomodados com a presença da repórter, assessores do Pronto Socorro chegaram a interromper a gravação e solicitar que a equipe se retirasse do local. Sem titubear a jovem continuou a expor as mazelas do Pronto Socorro, ao solidarizar-se com o triste histórico dos pacientes. “Eu não pude ficar aqui sem fazer nada, a gente resolveu ligar para os nossos contatos para tentar uma UTI para internar a criança”, disse Eliane.
Já o secretário Municipal de Saúde, o médico Kamil Fares (PDT) há quatro meses no cargo disse à reportagem do programa que não imaginava que a situação era tão ruim. “Aqui é um salve-se quem puder, uma bomba atômica”, frisou.
Fares, ainda prometeu locar outro hospital para transferir os pacientes mais graves que necessitam de vagas na UTI. “Na verdade a vida é assim mesmo, hoje do jeito que estão os hospitais tem muita gente morrendo por falta de médico”, lamentou o secretário que após pressão do “Profissão Repórter” garantiu a transferência do bebê para um hospital particular, onde seu filho é um dos sócios-proprietários.
Mesmo com todo empenho, a criança que sofria de cardiopatia morreu dez horas depois de chegar ao hospital.
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